quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Adeus Roger!

Sim, tenho muito, muito que contar. Principalmente o nascimento da minha terceira cria. O V. que fez hoje 11 dias.

Mas hoje quero dar um beijo ao Roger.

Ele que esteve sempre, mas sempre, tão perto do céu...



Adeus mano velho.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Postal de Natal mais lindo do ano...


Autora: L.

Técnica Mista: Aguarela e Caneta de Feltro sobre papel de fotocopiadora reutilizado.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bolo Rei sem brinde não presta!

Sempre gostei de Bolo Rei.

Desde que me lembro ser gente.



Numa das minhas primeiras recordações, ainda a viver em Xabregas, numa casa que agora me dizem ter sido minúscula e que na altura tinha outra altura, o Bolo Rei foi o nome que tem.

Tratava-se de um jantar de família (Natal ou Passagem de Ano, confesso ser-me difícil de distinguir do alto dos meus três anos acabados de cumprir) e todos estavam reunidos à mesa. O meu tio Carlos, a minha tia Ester, o meu padrinho e os meus pais. Pelo menos esses.

Eu deveria estar a brincar com a minha prima Carla, miúda reguila e com menos uns mesitos do que eu.

(Engraçado como de repente os sons se tornam mais nítidos e as cores também)

Vejo copos de vinho, risos e candeeiros de lustre barato. A mesa é de madeira e tem cantos muito afiados, daqueles que hoje são proibidos. É daquelas castanhas claras com pequenos cortes negros nas pontas a fingir de folhas queimadas ou lá o que é. Sei isso porque é aquilo que os meus olhos vêm melhor. Todos se riem. Parecem felizes. Muito felizes. Há Bolo Rei espalhado no chão e pela mesa. Muito Bolo Rei.

Eu procuro nas migalhas o brinde. Eu, do alto dos meus 3 anos e alguns dias, olho para cima e procuro o brinde. Sem o encontrar, claro. E todos se riem cada vez mais alto, ignorando a minha epopeia.

Ninguém me vê, e fiquei, lembro-me bem, com o brinde fisgado.

Desde então que procuro maliciosamente o brinde nas fatias do Bolo Rei antes de as comer e, mais velho, de as cortar. Como todos, tenho de o oferecer, por nítida vergonha, a qualquer criança presente na sala. Cabras! Miro-o com olhos de pequeno e com aquela satisfação de quem não o teve quando queria.

Hoje peço aos meus pais para me contarem aquela história. É sempre a mesma mas gosto de a ouvir como as crianças gostam de escutar sempre a mesma história. Parece que lhes traz segurança. Provavelmente a mim também.

Hoje percebo, lá está, porque mo contam outra e outra vez, que o meu padrinho, para não pagar o Bolo Rei no ano seguinte, tinha comido a fava. Sim, porque a quem calhava a fava, tinha de pagar o pitéu no ano seguinte (isto antes dos nossos governos terem ficado com as favas enquanto vendiam os brindes aos europeus). Ora, para risota geral, o meu padrinho engasgara-se e teve de ser acudido pelos restantes membros da família. Daí o Bolo Rei todo e os risos e a felicidade e o barulho e as migalhas espalhadas no chão.

Só o brinde é que não.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estamos quase…

A fazer 3 anos “online”… por isso, e como presente, temos um “banner”!

Yupiiii!

O fundo é de Gustavo Diáz Soza. Obrigado Gustavito!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Todos os dias, todos os dias...

"Ela era tão bonita que me era difícil afastar o olhar. Queria vê-la a rir, queria ver como o rosto dela reagia ao que eu dizia, observar-lhe os olhos, estudar-lhe os gestos. Só Deus sabe as coisas absurdas que eu disse, mas fiz o melhor que podia para me distanciar, para enterrar os meus verdadeiros motivos sob aquele ataque de charme."

Paul Auster - Trilogia de NY - O Quarto Fechado

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

É impressionante…

…a quantidade de pessoas que eu não conheço e que os outros conhecem. Falam deles nas revistas, nos jornais e no facebook. E eu sem perceber nada do que eles dizem (os que eu conheço, mas que falam dos que não conheço).

A coisa piora quando recebo mails com filmes (ou links para filmes) de humoristas de renome que fazem piadas sobre essas pessoas que eu não conheço… além de não perceber nada, fico irritado pelo facto de não me estar a rir (como frequentemente imagino a fazê-lo, ao emissor dos mails, no momento em que os recebeu). Isto para além de defraudar as expectativas dele (que mos enviou - os mails!). Ele também deve imaginar-me a rir, não é?

Por vezes julgo que a culpa é minha: ignorância; desmazelo; indiferença; preguiça… falta de memória?!

Nah! A culpa é mesmo da merda da TV Cabo!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Da última vez

Que deixei de fumar, consegui ficar 3 anos sem voltar. Devo confessar que por vezes já me esquecia do prazer imenso que é fumar. Daquele sabor agradável que se infiltra pelas papilas gustativas do nosso músculo mais complexo, da sensação forte e poderosa que é a de engolir o fumo, das ligeiras tonturas que se sentem quando o cérebro é bafejado pelas doces toxinas que o sangue amigavelmente lhe oferece.

O regresso ao prazer foi absolutamente necessário. Estava há 3 ou 4 dias sem dormir, não tinha tempo para almoçar nem para tomar banho e tudo o que tínhamos planeado transformara-se numa improvisação à custa de quem já tinha ensaiado para outras peças. Mas nunca para aquela. E nunca com tanta gente a assistir.

O que nos valeu foi o espírito que entretanto se foi criando por todos aqueles que foram chamados a assumir as responsabilidades que não eram suas. Quando uns falharam, os outros, nós, tivemos de avançar!

E assim foi. Ao fim de 4 dias a remendar o que não devia ser remendado, alguém se lembrou de dizer. Vou fumar um cigarro!

Lembro-me que se fez um silêncio enorme à porta da P-16 onde estávamos a colar (com uma fita cola que não colava) umas cartas topográficas coloridas cuja impressão (feita na empresa do pai do Roger, para ser mais barato) tinha ficado desfocada e alterava as linhas das coordenadas. Sem isto os rapazes podiam perder-se no Raid!

O silêncio foi bastante prolongado, ou pelo menos assim me pareceu. Afinal, de todos os presentes, só dois é que fumavam. Todos os outros eram ex-fumadores. Éramos, ao todo, oito.

Passados uns 3 meses, quatro tínhamos voltado a fumar.


XXIII ACAREG


Desta vez o ACAREG foi mais calmo. Se dormi mal foi porque fiquei na conversa até tarde, almocei sempre a horas e não houve um único dia que não tomasse banho. Trabalhei, é certo, mas desta vez não fui bombeiro.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Não foi hoje, mas foi ontem…



Que fez um ano que deixei de fumar. Ainda não sei se fiz bem…

Agora que penso nisso de forma mais desafectada (não muito mais), chego à conclusão que não foi por causa da saúde. Sinceramente não me importava com a tosse cavernosa duas vezes por ano, nem com o terrível medo do bicho papão chamado cancro no pulmão.



O dinheiro também nunca foi muito importante na minha relação com o cigarro. Fumava quando me apetecia e, caso não tivesse muito dinheiro, acedia sem hesitações ao tabaco de enrolar.



O prazer de fumar é imenso! Quem julga que os que fumam são estúpidos está muito bem enganado. O fumo é mesmo bom! Fumar é maravilhosamente bom…



Então porque é que deixei de fumar?

Apesar de ainda não saber lá muito bem o que se passou pela minha cabeça, acho que o verdadeiro motivo foi a teimosia. Custa-me o facto de não poder não fumar! A sensação de ter de fumar o décimo quarto cigarro do dia, que é deixado mal apagado em cima da mesa do escritório, o pânico de ir para casa só com meio maço no bolso e ter de passar pela estação de serviço… o “ter de” sempre me fez cócegas ao intelecto.



Assim optei por me libertar deste “ter de” fumar.

Burro!

Agora tenho de continuar…